Finalmente me despedi de Vichy. Esta ultima semana de “férias” começou, na segunda-feira, com uma ida ao ginásio de Vichy para assistir um jogo amistoso de vôlei entre o Brasil e a França (o jogo era valido como preparação para o mundial sub 18). O Brasil deu um baile: 3 a 0. Parece que o time brasileiro é um dos favoritos ao campeonato… já os franceses… désolé hehehe. Tiramos fotos e conversamos com os jogadores, que provavelmente estarão em alguns anos na seleção principal! Eles ficaram bem contentes com a torcida, já que havia uns 20 brasileiros no ginásio.
Falando em vôlei, terça foi meu ultimo dia de jogar vôlei no ginásio de Vichy: 7 partidas, 7 vitorias, junto à panela invencível :D. Quarta foi a festinha de despedida da turma de aula do CAVILAM, que foi no Tahiti Plage: tive que pagar bebida para um chinês pois perdemos o jogo de perguntas e respostas na aula! Quinta feira, ocorreu a despedida brasileira na praia. Mais de 30 brasileiros estavam la quando fui embora, e fiquei sabendo que houveram mais brasileiros ainda que apareceram pro resto da noite. Na sexta de manha, finalmente foi o dia da partida: às 9h15 partimos rumo à Lille, eu, a Cris, o Yuri, o Thiago, o Joia, três chineses e um russo, com um ônibus somente pra gente! =)
Com certeza me lembrarei por muito tempo destes dois meses de Vichy. Fiz muitos bons amigos aqui que agora irão para outras écoles, brasileiros e estrangeiros. Com certeza devo visitar Paris, para cantar umas musicas gauchas com o Luciano, falar de futebol com o Cassio, conversar com a Débora e a Isabela, encontrar o chato do Micael, ver como vão as coisas com o Pablo, o Jocimar e o Matheus. Em seguida, posso ir à Lyon, onde estarão os palmeirenses Sérgio e Willian, a Larinha, torcedora sofredora do Vitoria, e a carioca Adriana.
Se eu quiser me enveredar pelo oeste, posso parar em Nantes, onde com certeza posso encontrar a querida da Ju, o dançarino da Poli, Adrian e o carioca do cérebro grande, Ricardo. E, é claro, quando eu quiser visitar as praias do sul e o frio do Norrrrrd apertar, passarei por Marseille, onde estará estudando Monsieur Foppa, a gaucha com sotaque mais distorcido que existe, Viviane, a carioca funkeira Alessandra, e as figuras Joaquim e Antônio.
Claro que não posso esquecer os estrangeiros: sei que eles provavelmente não lerão isso, e se lerem não entenderão, mas ainda assim quero falar deles. Em primeiro lugar, da minha querida Irma chinesa, a Xin. Ela até chorou quando fui embora. Com certeza visitarei-a em Nantes, junto com o Vladimir, grande russo que já é até colorado! Tem ainda o meu irmão alemão, Paul, que é meio chato na verdade, mas que posso visitar caso eu queira conhecer a região próxima a Ulm, na Alemanha. Não posso me esquecer dos mexicanos, o Martin, o Edgar, a Lucero e o Omar, que cada dia me cumprimentava com um palavrão em português. Falando em palavrões, tinha o Asiz, grande figura dos Emirados Arabes que já sabia mais palavrões em português do que eu. Houve ainda as colegas suíças, Jelena, Domenica e Lynn, sempre curiosas sobre a vida no Brasil, e que visitarei la na longinque Lucerna, na Suiça. Outros que acho que não visitarei por ser um pouco mais difícil, são os chineses Weihan e Weidja, que foram meus colegas, pessoas muito legais!
Não posso me esquecer, é claro, da minha família de accueil. Apesar de minha mère ter estragado minha camiseta do Guiñazu que ganhei da minha dinda, ainda assim eles foram uma família muito boa. Jean-François, meu père francês, sempre fanático por seus jogos de cavalos, e gostava muito de falar de esportes (ele tirava sarro que a França ganhara a final de 98 e eu que o Brasil tinha 4 mundiais a mais ainda que a França). Minha mère, Beatrice, que sempre tentava fazer as comidas que eu gostava, e que sempre estava disposta para conversar comigo e me ajudar com o francês. Meus frères, Morgan e Romain, com os quais não convivi muito pois eles passaram boa parte do verão passeando, mas mesmo assim sempre foram legais e pacientes com meu francês em desenvolvimento.
Agora uma nova etapa começa. Este post foi digitado do ônibus no qual estou me dirigindo para Lille. Espero encontrar la pessoas legais como as que conheci la em Vichy. Espero nunca perder contato com esse povo todo. Bom, agora é muito trabalho, alguns passeios e rumo ao duplo-diploma! Abraço!