Praga

9 06 2010

Finalmente, hora de concluir a série sobre a viagem ao Centro-Leste europeu : Praga, capital da Republica Tcheca. A historia da visita à Praga ja começa com o modo pelo qual chegamos na cidade : para não pagar 30€ a mais precisando ir de trem durante o dia (uma viagem de 6 horas), pegamos um ônibus noturno da Eurolines que saia de Budapeste às 10 da noite e chegava em Praga quase as 6 da manhã do dia seguinte. Foi uma viagem estranha : por sorte eu e a Thais conseguimos bons lugares na frente, mas o resto do pessoal teve que dormir separados em cantos diversos do ônibus. Por exemplo, o Joia achou um senhor que dormiu gentilmente sobre seu ombro! Algumas pessoas daquele ônibus eram também nada conservadoras, como por exemplo uns cidadãos que pareciam barbaros visigodos no século XXI.

Bem, eis que chegamos em Praga ja apos o nascer do Sol, por volta de 5h40. Primeiro problema : o hotel so abria às 9h. O que fazer em Praga com as mochilas e mala até as 9 da manha ? Esperar na estação, dormindo, tomando café, jogando alguma coisa, conversando, etc. Finalmente quando fomos para o hotel descobrimos que ainda não poderiamos ir para os quartos porque o check-in so era feito depois das 14h. Pelo menos, podiamos deixar as coisas no local e dar uma volta na cidade.

Caminhamos pelo centro de Praga, passando pela Casa Dançante (que na verdade não tem nada de mais e é um prédio de negocios). No centro de Praga encontramos uma feira turistica bem interessante onde conseguimos matar um certo tempo. Apos, fomos almoçar em um restaurante entre o centro e o albergue… furada. Precisavamos nos acostumar com a moeda local e perdemos uma boa grana para um almoço horrivel. Na Republica Tcheca, a moeda local é a Coroa tcheca, que em relação ao euro seria algo em torno de 25 CZK para cada euro. O almoço incluia pagamento ao pão de entrada (40 CZK) e ainda 15% de serviço. Resultado : 400 CZK ou 16€ por um almoço sem nada de especial.

Finalmente chegamos no albergue, e fomos para o quarto com o objetivo de apenas dar uma descansada. Dormimos até às 17h, tamanho o cansaço. Voltamos para o centro da cidade agora com um pouco mais de fôlego. Passamos por um festival bem interessante de cultura tcheca (gravei um video da dança deles, um dia coloco num YouTube da vida). Subimos também na torre do relogio onde foi possivel ter uma bela vista da cidade. Mais tarde, a janta foi muito sagaz! Eu, Bruna, Tati e Thais fomos na U Fleku, cervejaria mais antiga da Europa Central em funcionamento segundo meu guia de viagem, fundada em 1499 (o Brasil foi descoberto em 1500).

No dia seguinte, a tarefa era explorar o Castelo de Praga, que assim como o de Budapeste, é um complexo de construções e atrações. Começamos o dia pelo café da manha no pequeno kebab no subsolo do hotel. A mulher do café não falava inglês. Por meio de uma comunicação praticamente em gestos, conseguimos nosso café da manha (não foram exatamente os pratos que pedimos, mas tudo bem). Fomos então para o castelo : chegando la, apos uma escadaria de uns 200 degraus, vimos que havia uma manifestação religiosa la. Aparentemente alguém importante da Igreja estava la, porém os cartazes em tcheco não ajudavam a decifrar quem era.

Compramos nossos tickets de passeio, o que nos dava direito à sete construções do complexo. Começamos pela galeria do Castelo, um pequeno museu com obras de arte de artistas tchecos. Em seugida, fomos para o palacio real, uma grande construção que guarda algumas reliquias importantes para os tchecos. Em seguida, passamos no museu com a historia de Praga. Visitamos ainda a basilica do Castelo e o convento, que foi transformado em um grande museu de arte também.

Almoçamos em um restaurante no complexo, caro e cujos pratos não matavam a fome. Enfim, seguimos pela Rua de Ouro, uma rua com casas minusculas transformadas em lojas de turismo. Seguimos por fim para a Torre de Polvora, uma especie de amostra de armamentos de guerra, bem interessante. Apos estas visitas, descemos para a cidade, passando pela Ponte Carlos IV, uma bela ponte sobre o rio Moldava. Ainda foi possivel jantar num restaurante muito bom (o melhor da viagem com certeza), localizado perto do hotel. O restaurante, que se chama “Louvre”, era barato, suficientemente chique e servia pratos muito bons. Detalhe : naquele restaurante, alguns clientes razoavelmente célebres haviam passado por ali, gente como, por exemplo, Albert Einstein.

No dia seguinte, fizemos a maratona de retorno à Lille. Saimos do hotel de manha, bem cedo, para o aeroporto, com uma carona do dono do hotel. De Praga, voltamos para o aeroporto de Charleroi, na Bélgica. Pegamos na navette então que nos deixaria na estação de trem, de onde poderiamos pegar o trem para Lille. Nesta altura, o grupo ja havia se dispersado completamente : Yuri ficara em Budapeste, de onde iria para Milão e depois para o Brasil ; Tati pegara o avião para a Italia, onde passaria a segunda semana de suas férias ; Joaquim e Alessandra seguiram de Praga para Cracovia, onde continuariam sua viagem. Assim, retornaram à Lille apenas eu, Thais, Bruna e Joia.

A segunda semana das minhas férias ficou então praticamente restrita ao meu relatorio de estagio, que eu precisei entregar no final de abril. Em maio, fiz ainda a soutenance de estagio, que é a apresentação frente ao grupo das atividades que foram feitas durante as quatro semanas de trabalho.
Agora, estou apenas uma postagem atrasado em relação ao normal, sobre a viagem que fiz ha um mês aos castelos do vale do Loire. Até la!