Por volta das 7 da noite, passamos pela quarta vez na viagem pela Gare Bruxelles Midi, por onde passam a maioria dos trens do Benelux. Porém, desta vez iríamos parar por um dia na capital belga. Após uma janta rápida ali na gare mesmo (que é gigante, por sinal), fomos para o albergue. Eu já tinha sido avisado que Bruxelas era uma cidade bem perigosa: quando chegamos à estação do albergue, nos deparamos com um local inóspito. Ao sair da estação, alguns árabes sem nada o que fazer começaram a nos seguir, até que apertamos o passo e achamos a maldita rua do albergue. Até acho que os árabes não queriam nada de mais, provavelmente estavam bêbados, mas as oito da noite num lugar vazio não pareceu muito legal ficar dando corda. Bom, finalmente, chegamos ao albergue após uma caminhada numa rua tão movimentada quanto a saída da estação. O albergue era bem bom: quarto grande, banheiros decentes, café da manha bom também (com cafés das maquininhas de graça!)
Assim, quarta-feira de manha, começamos o passeio por Bruxelas. A primeira providência, como sempre, foi largar as mochilas na gare, nos armários. Desta vez, fomos de metrô, comprando o ticket para o dia todo, já que Bruxelas é uma cidade bem maior que Bruges, por exemplo. Saindo da gare, a primeira parada era o Atomium, símbolo nacional belga (eles comparam à Torre Eiffel para a França). O Atomium é uma molécula em forma de cubo aumentada alguns milhões ou bilhões de vezes, que fica numa parte bem afastada da cidade. Não tem o mesmo impacto que a Torre Eiffel, com certeza, mas mesmo assim não deixa de ser interessante, pois ele é realmente grande. Infelizmente, a entrada custava 6€, mas parece que não havia grandes coisas dentro dos nove átomos que compunham o monumento.
Logo depois, fomos para o outro extremo da cidade, para visitar o arco do triunfo belga. Bela vista do Parc du Cinquantenaire, o qual atravessamos para chegar em frente à Comission Européenne. Em seguida, visitei o Parlamento Europeu, que fica a algumas quadras dali. Este parlamento é a sede onde trabalham quase 800 parlamentares da União Europeia. Haviam até coisas escritas em português la! Depois disso, metrô novamente, desta vez para o centro da cidade, para passar pela Bolsa e pela Grand Place. A Grand Place de Bruxelas é realmente magnífica! Serve para encobrir o próximo destino, que é decepcionante… O Manneken Pis, a estátua do garoto mijão. A estátua possui menos de um metro de tamanho, é até difícil fotografá-la em detalhes…
Subimos um prédio de um estacionamento em Bruxelas de 10 andares, para obter uma vista da cidade. Na verdade, a vista até não é tão legal assim, não da pra reconhecer muita coisa e o Atomium fica bem distante. Em seguida, visitamos a Catedral de Santa Catarina, na parte norte da cidade, que é uma catedral velha e sem graça. Já não tinha mais muito a ver em Bruxelas: só restava o palácio real, logo, metro mais uma vez para o outro lado da cidade para ver a fachada do palácio, que é fechado esta época do ano. Voltamos para a gare umas três horas antes do horário do trem que pegamos. Após jantar e conhecer praticamente toda a gare voltei para Lille, para passar o resto das minhas férias descansando em casa (ou não).